com ADRIANO VICENTE
9 MAI 2024 / E.B.1 Bensafrim
Há uns séculos atrás, alguém decidiu inventar uma maneira de escrever danças em papel para depois passar a outras pessoas para aprenderem essas danças de cor.
A dança transformava-se num desenho e numa língua que era possível ler e passar novamente para o corpo de outra pessoa. Do corpo para o papel, do papel para o corpo. Era como “dançar” uma língua e “falar” uma dança, sem se perceber muito onde começa uma e onde acaba a outra.
Performance dirigida a duas turmas (3º + 4º ano) da Escola Básica de Bensafrim, desdobrando-se depois numa oficina, onde as crianças irão explorar a relação entre o movimento do corpo e a língua através da oralidade e gestos da Língua Gestual Portuguesa.
Interpretação: Adriano Vicente
Coreografia: João dos Santos Martins
João dos Santos Martins (Santarém, 1989) é artista e o seu trabalho abrange várias formas que permeiam a dança, explorando formatos como a coreografia, a exposição e a edição. Preza, na sua prática, modos de fazer colaborativos e cooperativistas, tendo criado peças como Projecto Continuado (2015) – Prémio SPA Autores – e Companhia (2018), com Ana Rita Teodoro, Clarissa Sacchelli, Daniel Pizamiglio, Filipe Pereira e Sabine Macher, ou Onde Está o Casaco? (2018), com Cyriaque Villemaux e Ana Jotta. Interpretou trabalhos de Eszter Salamon, Xavier le Roy, Moriah Evans, Boris Charmatz e Jérôme Bel, entre outros. Em 2019 fundou o jornal semestral Coreia, dedicado a escritos de artistas.
Fundou a Parasita em 2014, uma cooperativa de artistas de que faz parte.
Adriano Vicente é bailarino e performer. Iniciou a sua formação em dança em 2007, no Quorum Academy, fazendo parte de vários espectáculos promovidos pela academia. Em 2013 integrou o curso PEPCC do Fórum Dança, em Lisboa, que abandonou para integrar a P.A.R.T.S., em Bruxelas, onde estudou durante 3 anos. Em 2016 foi intérprete da peça Dawn de Marten Spanberg, criada para o festival Impulstanz, em Viena. Desde então tem colaborado em diferentes projectos, entre os quais Louisianna e The Olympics de Nikima Jagudajev, 2018 de André e. Teodósio e Xtraordinário da companhia de Teatro Praga. Além destes trabalhos colabora ainda com o DJ Audiopath num projecto que tenta aliar a música electrónica, a dança e o corpo.