BEATRIZ MARQUES DIAS – Conversar com Animais dá que Pensar

MAR > MAI 2025 / Oficina

com BEATRIZ MARQUES DIAS
17 > 21 MAR 2025
5 > 9 MAI 2025
E.B.1 Chinicato

Estou a ler um livro e sinto-me como uma toupeira com óculos sem graduação. Ontem vi um pica-pau a comer um pica-pau com picles ao almoço. Gostava de ter uma família como os cavalos-marinhos e dar à luz quinhentos cavalos marinhos. Hoje de manhã eu não queria ir para a escola, queria esconder-me na minha colcha predilecta da cama como um camaleão. Amanhã quero ser uma manta de dez metros e voar nas profundezas da escuridão do mar. 

Por isso é que eu gosto de dançar, sinto que posso transformar-me num outro animal e voar. 

Neste atelier vamos conversar, dançar, desenhar, ser e pensar outros animais. Vamos brincar às fábulas e às autobiografias. Quantos animais somos?

Beatriz Marques Dias tem desenvolvido o seu trabalho como intérprete e co-criadora em projectos ligados à dança contemporânea, arte participativa e infância.
Como intérprete participou em criações de Filipa Francisco, Francisco Camacho, Madalena Victorino e Tânia Carvalho e tem colaborado como assistente artística em vários projectos: VARA de Daniel Matos; A Viagem de Filipa Francisco; ATLAS de Ana Borralho & João Galante.
Participou nos workshops do Festival DDD com Meg Stuart, Matija Ferlin e Christian Rizzo (22) e no Winter Workshop P.A.R.T.S com Rakesh Sukesh, Sue Yeon Youn e Marie Goudot (Bruxelas 23). Frequenta regularmente os ateliers de criação de Sofia Dias e Vitor Roriz e o workshop Corpo pensante de Vera Mantero.
Para crianças, tem participado regularmente como artista convidada no projecto Gymnasium (casaBranca.ac) na criação de ateliers de experimentação artística; co-criou com Rita Pedro o espectáculo-oficina A pensar morreu um burro (Comédias do Minho); integra o espectáculo A Grande Viagem do Pequeno Mi de Madalena Victorino; co-criou com Alexandre Moniz o espectáculo Universo no céu da Boca (Festival Pedra Dura, 24); e, mais recentemente, colabora como intérprete e co-criadora em Chão de Meninos (Madalena Victorino, 25).
É membro da MEIO DO MATO – Associação Cultural, que desenvolve o projecto Largada: POVO DA CASA, em Monchique.
Licenciada em Dança pela Escola Superior de Dança de Lisboa, após vários anos de trabalho em projectos artísticos com cariz social, comunitário e de mediação educativa, decide estudar Psicologia, frequentando actualmente o 2º ano deste curso no ISPA.